Museu do Douro, Exposição Permanente
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Exposição temporária
Projeto museográfico e produção Museu do Douro
Museu do Douro, 9 de junho a 11 de setembro de 2022

As práticas cinegéticas perpetuam na atualidade o elo que os seres humanos estabelecem com o seu território desde a pré-história, integrando os usos e costumes das comunidades rurais. Esta marca identitária está presente na região duriense quer na sua paisagem, onde ocorrem manchas de floresta que servem de abrigo a variadas espécies cinegéticas, quer nas práticas das comunidades, que, através do ato de caça, gerem a biodiversidade do ecossistema em que se inserem. Por outro lado, estes costumes constituem o suporte de uma tradição gastronómica própria, muito característica da Região. O objetivo desta exposição é evidenciar essa associação entre “práticas”, “recursos naturais” e “gastronomia”, considerando quer os processos de caça e espécies cinegéticas, numa perspetiva de conservação da biodiversidade, quer as memórias gastronómicas associadas.
Receitas tradicionais de caça no Douro. Seleção do Chef Miguel Castro e Silva.
Hunting practices perpetuate the link that humans have established with their territory since prehistoric times, integrating the uses and customs of rural communities. This identity mark is present in the Douro region both in its landscape, where there are patches of forest that provide shelter to various wild species, and in the practices of communities, which through the act of hunting manage the biodiversity of the ecosystem in which they live. On the other hand, these practices are the support of a very characteristic gastronomic tradition of the region.
The aim of this exhibition is to highlight this association between "practices", "natural resources" and "gastronomy", considering both the hunting processes and hunting species, from a perspective of biodiversity conservation, and the associated gastronomic memories.
Traditional hunt recipes in the Douro. Selection of the Chef Miguel Castro e Silva.
Sala de Exposições temporárias do Museu do Douro
Até 23 de maio
Exposição comissariada pelo Museu do Douro, numa parceria com a Câmara Municipal de Vila Real e o Museu da Vila Velha, que pretende dar a conhecer a arte do barro negro de Bisalhães, reconhecida pela UNESCO como património imaterial da humanidade desde 2016. A mostra, e o respetivo catálogo, centra-se na comunidade de oleiros, testemunhando aspectos da sua vida e contexto familiar, associando-o a peças, objetos e imagens. As mãos de Bisalhães têm uma história, um percurso dentro da comunidade que se deve conhecer para melhor salvaguardar a arte, um saber-fazer ancestral que se faz e transmite com as mãos.
Aproveitando esta oportunidade, o Museu exibe as peças de olaria de Bisalhães existentes na sua coleção.
Hands that make Bisalhães
Ends may 23rd
Exhibition curated by Museu do Douro, in a partnership with the City Council of Vila Real and the Vila Velha Museum, which aims to make known the art of black pottery from Bisalhães, recognised by UNESCO as Intangible Heritage of Humanity since 2016. The exhibition, and the catalogue, focuses on the community of potters, witnessing aspects of their life and family context, associating it with pieces, objects and images. The hands of Bisalhães have a history, a journey within the community that should be known to preserve the art, an ancestral know-how that is made and transmitted with the hands.
Taking advantage of this opportunity, the Museum exhibits the pottery pieces from Bisalhães in its collection.

Mãos que fazem Bisalhães
A arte da olaria negra teve uma singular expressão no Norte de Portugal, conservando-se ainda na aldeia de Bisalhães (Mondrões, Vila Real). Esta tradição do barro, classificada pela UNESCO como património imaterial da humanidade, nasce das mãos de hábeis oleiros, cujo conhecimento foi transmitido ao longo de gerações dentro da comunidade.
É uma arte feita em família, em que todos os membros participam e transmitem o saber-fazer, de mão em mão, de pais para filhos, de avós para netos.
Cada oleiro desvenda através das mãos a sua história de vida e da sua linhagem, que é afinal a memória da louça preta de Bisalhães.
Hands that make Bisalhães
The art of black pottery had a unique expression in the North of Portugal, and is still preserved in the village of Bisalhães (Mondrões, Vila Real). This clay tradition, enlisted by UNESCO as an Intangible Cultural Heritage of Humanity, shaped by the hands of skilled potters, whose knowledge was passed down through generations within the community.
It is an art made in the family, in which all members participate and transmit the know-how, from hand to hand, from parents to children, from grandparents to grandchildren.
Each potter reveals through his hands his life story and his lineage, which is, after all, the memory of the black pottery of Bisalhães.
Os oleiros
Atualmente vivem em Bisalhães seis oleiros com atividade documentada. É um número de artífices bem longe das dezenas registadas em meados do século XX. Na sua maioria têm mais de 80 anos e apenas um dos mais jovens se dedica à arte a tempo inteiro. A estes homens junta-se a sua família, a mulher, os filhos e uma rede de parentesco dentro da aldeia, que se estende por várias gerações. Todos se conhecem, mas cada um trabalha e interpreta as formas e as decorações ao seu jeito.
The Potters
Currently, six potters with documented activity live in Bisalhães. This is a number of craftsmen far from the dozens recorded in the mid-twentieth century. Most of them are over 80 years old and only one of the youngest is dedicated to the art full time. These men are joined by their family, wife, children and a kinship network within the village, which spans several generations. They all know each other, but each one works and interprets the shapes and decorations in their own way.

No dia 12 de outubro de 2022, Noel Magalhães, celebraria 100 anos. Falecido no final do ano passado, o "Mestre Noel" como era conhecido afetivamente na região do Douro, dedicou grande parte da sua vida à fotografia. Ao Museu do Douro deixou a sua amizade o seu espólio que ultrapassa as 4 mil fotografias. Durante um ano, e a partir do dia 12 de outubro, o Museu do Douro tem, integrado no percurso da exposição permanente, um novo espaço dedicado a Noel Magalhães, com algumas das fotos que o artista mais gostava. "São fotos relacionadas com as vindimas, o transporte nos barcos, o rio... uma delas do filho único a brincar, que morreu muito jovem, outras de paisagens...
É uma homenagem singela mas que dá uma ideia da obra de Noel Magalhães". Além das fotos há ainda uma vitrine com máquinas fotográficas e outros materiais pertencentes ao "Mestre Noel".
Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, Torre de Moncorvo
10 de junho a 9 de outubro de 2022

O Concurso Internacional de Fotografia Douro Património Contemporâneo – Memória com Futuro, uma parceria entre o MD e o IVDP, com o apoio da EDP, recebeu um total de 60 inscrições, sendo admitidos a concurso 32 participantes. Os trabalhos aprovados, submetidos sob a forma de conjuntos, foram apresentados ao Júri de forma anónima.
O primeiro prémio foi atribuído a António Jaime Abrunhosa, com o conjunto “Paisagens”, o segundo prémio a João Galamba, com o conjunto “Linhas do Douro”, e o terceiro prémio a Alexandra Guedes, com o conjunto “As 4 estações no Douro”. Dada a qualidade dos trabalhos, o júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a António Jaime Abrunhosa, com o conjunto “Trabalhos”.
Exposição de exterior em estruturas retro iluminadas
Jardim Macedo Pinto, Tabuaço
Junho e julho de 2022

A exposição Rui Pires na Coleção Museu do Douro baseia-se no espólio fotográfico doado pelo artista ao MD, que ultrapassa as trezentas imagens. Deste acervo, que inclui fotografias da sua coleção pessoal, onde regista as suas viagens pelo mundo, selecionou-se um conjunto que abrange diferentes paisagens da Região do Douro. Constituída por três núcleos, Gentes, Património e Paisagem são testemunhos das dimensões que tecem a essência do Douro, magnificamente revelada no olhar singular do fotógrafo.
Da proposta inicial, que contemplava a exposição de uma parte da coleção de fotografias do autor, optou-se por alargar o projeto ao exterior, de modo a abranger um maior número de pessoas, dadas as restrições de acesso ao espaço interior. Deste modo, com o apoio do Turismo do Porto e Norte de Portugal, criou-se uma exposição ao ar livre, em estruturas retro iluminadas com mais de 200 imagens, repartidas entre o exterior do Museu do Douro e o Cais Fluvial de Peso da Régua.
AUDIR, Peso da Régua
4 de junho a 22 de agosto de 2022

A exposição Rui Pires na Coleção Museu do Douro baseia-se no espólio fotográfico doado pelo artista ao MD, que ultrapassa as trezentas imagens. Deste acervo, que inclui fotografias da sua coleção pessoal, onde regista as suas viagens pelo mundo, selecionou-se um conjunto de 40 imagens, impressas sobre tela, que abrange diferentes paisagens da Região do Douro. Constituída por três núcleos, Gentes, Património e Paisagem são testemunhos das dimensões que tecem a essência do Douro, magnificamente revelada no olhar singular do fotógrafo.
Douro Património Contemporâneo Douro Contemporary Heritage
Arquitetura | Arte | Imagem Architecture | Art | Image
Exposição Temporária
Núcleo Museológico Favaios, Pão e Vinho: a partir de 12 de abril de 2022

A exposição dos trabalhos vencedores do Concurso Internacional de Fotografia, Douro Património Contemporâneo, Arquitetura | Arte | Imagem 2018, é uma iniciativa bienal do Museu do Douro, que conta com o apoio mecenático da EDP.
O tema proposto foi a arquitetura das barragens de modo a obter uma relação entre a arquitetura e o seu contexto, materializado também naquilo que é a sua implantação. Consideraram-se também as particularidades das técnicas de construção, que fazem parte do olhar diferenciado de cada participante. Desta forma procurou-se compreender lugares (possivelmente) desconhecidos deste território e promover um novo olhar sobre a fotografia.
Como resultado «três olhares particulares construíram uma perspetiva nova, um outro modo de ver, uma interpretação retocada do património. O que guiou as câmaras foram diferentes modos de sentir a realidade, servindo para fixar a subtileza das emoções, que as imagens transformadas em ato fotográfico provocam no observador comum.».
The exhibition of the winning works of the International Photography Contest, Douro Contemporary Heritage, Architecture | Art | Image 2018, is a biennial initiative of the Museu do Douro, which is sponsored by EDP.
The theme was the architecture of the dams in order to obtain a relationship between architecture and its context, also materialized in what is its implementation. We also considered the particularities of construction techniques, which are part of the different look of each participant. In this way we sought to understand places (possibly) unknown of this territory and promote a new approach on photography.
As a result «three individual visions constitute a new perspective, another mode of seeing and a refined reading of our heritage. The cameras were guided by different ways of experiencing reality, which served to home in on subtle emotions, that the images – transformed through the act of photograph – sparked in the general viewer.».
Inauguração 22 de setembro de 2017
Organização Museu do Douro
Comissário José Manuel Pedreirinho
Exposição itinerante
MIDU, Museu do Imaginário Duriense - Tabuaço
1 de junho a 11 de setembro de 2022

As manifestações populares são, pela escassez dos meios à sua disposição, das que nos permitem uma leitura mais direta da expressividade cultural de um território. Resultam da longa sedimentação de uma aprendizagem que se reflete desde logo pelo modo como ela se implanta no terreno e como este se vai moldando e organizando o território, exprimindo e respondendo às funções que em cada local são necessárias.
Olhar para o passado e procurar entender essa arquitetura é um exercício fundamental para a nossa própria identificação que está muito para além das formas como se exprime.
José Manuel Pedreirinho
Comissário da exposição
Inauguração 14 de março de 2014, Museu do Douro, Peso da Régua, reformulação a 2 de dezembro 2018
Projeto museográfico e produção Museu do Douro | Cariátides produção de projetos e eventos culturais e Providência Design
Exposição permanente

“Douro: Matéria e Espírito” foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro Matéria e Espírito expõe.
A exposição está organizada em dois pisos da sala central de exposições do museu.
No piso 0 a exposição é desenvolvida ao longo de uma grande linha temporal – desde a pré-história ao século XXI. Esta linha assenta sobre os momentos de viragem no território e datas históricas que narram como a região caminhou para a especialização na produção vinícola, cultura que moldou profundamente a paisagem, e culmina na declaração do Alto Douro Vinhateiro (ADV), em 2001, como Património Mundial da Unesco. O percurso neste piso conclui-se com a passagem para uma linha temporal anual, cíclica, distribuída pelas 4 estações que organizam o ciclo da vinha e do vinho. No centro da sala sobre uma maqueta da RDD, que permite interação, são projetados vários filmes com informação estatística, patrimonial, geográfica, enológica da RDD.
No piso 1 através de dispositivos mais visuais apresentam-se diversos aspetos da produção e comercialização vinícola da região – que vão desde a garantia da excelência do laboratório ao desenvolvimento de imagens de marca, que se exprimem na distribuição mundial dos vinhos do Douro e Porto. São também exploradas as qualidades sensoriais do vinho, que simultaneamente celebram a cultura do vinho e contribuem para que o público possa conhecer as características enológicas dos diferentes vinhos.
O Museu do Douro dispõe de audioguias e app em:
Língua Gestual Portuguesa, Português, Inglês, Francês, Castelhano e Língua Gestual Internacional.