Concurso Internacional de Fotografia 2020
Douro Património Contemporâneo – Memória com Futuro
2020 International Photography Contest
Douro Contemporary Heritage – Memory with Future
RESULTADOS
O Concurso Internacional de Fotografia Douro Património Contemporâneo – Memória com Futuro, uma parceria entre o MD e o IVDP, com o apoio da EDP, recebeu um total de 60 inscrições, sendo admitidos a concurso 32 participantes. Os trabalhos aprovados, submetidos sob a forma de conjuntos, foram apresentados ao Júri de forma anónima.
O primeiro prémio foi atribuído a António Jaime Abrunhosa, com o conjunto “Paisagens”.
O segundo prémio a João Galamba, com o conjunto “Linhas do Douro”.
O terceiro prémio a Alexandra Guedes, com o conjunto “As 4 estações no Douro”.
Dada a qualidade dos trabalhos, o júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a António Jaime Abrunhosa, com o conjunto “Trabalhos”.
A cerimónia de entrega dos prémios será feita no âmbito do Congresso Douro & Porto 2020 – Memória com Futuro, organizado pelo IVDP, que terá lugar nos dias 10 a 12 de novembro de 2020. No mesmo dia será aberta ao público a exposição dos trabalhos vencedores.

Vencedores do Concurso Internacional de Fotografia “Douro Património Contemporâneo – Arquitetura | Arte | Imagem:

1º prémio – Rodolfo Gil, com o conjunto Voragem;
2º prémio – Ivan Da Silva, com o conjunto Land Escape;
3º prémio - Benjamin Lieberwirth, com o conjunto Azul/Blue.
A cerimónia pública de entrega dos prémio irá decorrer no dia 14 de dezembro, pelas 12:30, no Auditório de Santa Marta de Penaguião, onde estão concentradas todas as atividades alusivas às comemorações do aniversário do Douro Património Mundial.
O projeto 897 pretende itinerar o Sons do Douro pelos 897 km do rio Douro. Cremos que a música é um meio de comunicação e interação de excelência e, convenientemente, dela faremos uso para cumprir o objetivo. É com e por ela que iremos aproximar lugares e pessoas ao longo de 897 km de rio. Fazendo a jornada da foz para a nascente, com as pipas atreladas, sublinhamos a tese do renascer a imagem e o imaginário do Douro.

Tendo como objetivo principal mesclar pessoas, identidades, sabores, contos, cantigas, cores, bagagens e sons por onde nos vamos apeando ao longo da jornada, criamos novos caminhos e abordagens sociais, musicais e afetivas. Queremos experimentar novos lugares e maneiras de comunicar, novas comidas, bebidas e batidas mas queremos, sobretudo, no regresso, depois de no pico de Urbión cantar a génesis e fazer das pernas pontes e dos troncos barragens, buscar inspirações para novos repertórios e cantigas e perceber que as fronteiras são nem linhas de ar.
Ver Projeto 897
A concretização do projeto pressupunha o estabelecimento de parcerias e acordos de cooperação com diversas instituições da região de forma a garantir a máxima abrangência na Região Demarcada do Douro – RDD.

Tínhamos como objetivo implementar uma plataforma de desenvolvimento de competências em rede, entre diferentes instituições museológicas, para-museológicas e de âmbito cultural, a operar na RDD. Pretendíamos desenvolver novas hipóteses de entendimento e valorização cultural da comunidade duriense assumindo um papel ativo no desenvolvimento da Região. Procurámos contribuir para formação de agentes culturais de modo a partilhar experiências e saberes com o intuito de desenvolver coerentemente as diferentes funções culturais e museológicas na região.
3º Seminário Internacional do Património Agroindustrial
Consubstanciar o alargamento de uma rede internacional de especialistas da ciência e da cultura, através da inserção do Douro Património Mundial, em especial do seu património agroindustrial, ampliando a relevância técnica e patrimonial nas análises e debates contemporâneos que vêm sendo efetuados sobre esta temática.

O Museu do Douro acolheu de 24 a 27 de outubro de 2012 o 3º Seminário Internacional do Património Agroindustrial subordinado ao tema “Tradição vs Inovação”. A organização do Seminário foi da responsabilidade da Fundação Museu do Douro com a Coordenação Científica da Professora Doutora Júlia M. Lourenço (C - TAC, Centro Território, Ambiente e Construção, Universidade do Minho). Este evento, tal como os que o antecederam nesta série, continua o ciclo iniciado e permitiu integrar os investigadores portugueses, a exemplo do que aconteceu no 2º Seminário com os pesquisadores brasileiros, no debate latino-americano e transformá-lo, assim, num debate internacional sobre o tema do património agroindustrial.
Refletir aprofundadamente sobre as temáticas das Quintas Históricas, das Paisagens Culturais, dos Lugares de Memória e dos Lugares de um Território, numa perspetiva orientada para o futuro mas baseada no conhecimento do passado, tendo em vista a ponderação do binómio tradição-inovação no âmbito do património agroindustrial; aprofundar o conhecimento das práticas e lugares a ele associados; bem como avaliar resultados de programas e projetos de intervenção; e ao mesmo tempo chamar a atenção para o desafio que hoje se coloca sobre a preservação e a gestão do património, numa época de marcada globalização económica e cultural, de profundas transformações sociais e de mudança de paradigmas, foram os objetivos maiores desta terceira edição do Seminário Internacional do Património Agroindustrial.
Com um programa científico vasto e diversificado, o Seminário desenrolou-se ao longo dos quatro dias, sendo apresentadas 50 comunicações relacionadas com a temática, incluindo a realização de 3 conferências e 12 palestras com oradores nacionais e estrangeiros, que propiciaram a discussão de estudos de caso internacionais e nacionais, em especial do Douro. Entre os temas debatidos estão a transformação da paisagem duriense e noutras áreas de Património Mundial, a memória da linha e vale do Tua, as 27 adegas com arquiteturas do século XXI em Espanha, em especial as da Região de la Rioja, as fazendas históricas e as capelas rurais do ciclo cafeeiro do Brasil, nomeadamente nas zonas de São Paulo e São Carlos, a comparação das paisagens vitivinícolas de Mendoza na Argentina e em Napa e Sonoma, na Califórnia, as roças de São Tomé e ainda os moinhos de água do Gavião, entre muitos outros casos e locais apresentados. Destacaram-se palestras sobre a evolução das quintas históricas do Douro, em especial no Baixo Corgo, a localização das Casas Grandes das quintas no Alto Douro Vinhateiro, o caminho de ferro Porto-Salamanca, o uso de Sistemas de Informação Geográfica na gestão do património cultural no Douro e, ainda, um levantamento de descritores do património agroindustrial a partir das quatro dezenas de Catálogos editados pelo Museu do Douro. O tema do turismo contemporâneo foi abordado por alguns palestrantes designadamente na análise de redes de Lamego e Tarouca bem como outras experiências rurais.
Para aprofundar estes domínios foram convidados especialistas que trouxeram ao conhecimento público uma reflexão coletiva que, pela sua diversidade, apontaram novas perspetivas para o futuro através do respeito atuante sobre a preservação das memórias do passado, entre os quais se destacam a Prof. Dra. Teresa Andresen, uma conceituada especialista do Douro, o Prof. Dr. Javier de Mesones, Presidente Honorário da Associação Espanhola de Técnicos Urbanistas, e o Prof. Dr. Eduardo Beira do conceituado programa MIT-Portugal, entre vários outros oradores provenientes de Argentina, Brasil, Espanha e Portugal, o Prof. Dr. António Barros Cardoso, Presidente da Associação Portuguesa de História do Vinho e da Vinha. Releva-se também a presença e palestra do Sr. Diretor Geral do Património, Dr. Elísio Summavielle e do Magnífico Reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Prof. Dr. Carlos Sequeira.
O programa foi ainda enriquecido com as visitas técnicas à Quinta do Vallado, à Quinta da Pacheca, à Quinta do Seixo, à Quinta da Avessada e à Quinta do Portal que, em função da temática desenvolvida nas sessões de trabalho do Seminário, serviram de complemento às reflexões suscitadas pelas diversas comunicações. Para encerrar este 3º Seminário Internacional do Património Agroindustrial, os participantes foram convidados a visitar a exposição “Esquissos do Douro” de Álvaro Siza Vieira, no Museu do Douro, e o Núcleo Museológico de Favaios, Pão e Vinho. O programa incluiu ainda um espetáculo de música contemporânea no Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, inserido no projeto “Entre Margens”, um projeto de intervenção artística nos centros históricos de cidades da Região do Douro e Norte de Portugal.
e-Book 3.º Seminário Internacional do Património Agroindustrial
Entre Margens – O Douro em Imagens é um projeto de intervenção artística nos centros históricos de várias cidades da Região do Douro.
Através do olhar de fotógrafos e artistas, descobrimos um universo marcado pelo rio, pelo vinho, pela paisagem e, essencialmente, pelas suas gentes.
2011 - 2013

Entre Margens é um projeto de intervenção artística nos centros históricos de cidades da Região do Douro. Durante 3 Verões sucessivos (2011/13), foram programadas dezenas de exposições de fotografia no espaço público complementados por espetáculos de artes performativas(cine-concertos, música, teatro, dança e multidisciplinares) e debates/colóquios.
Tem como objetivo principal a promoção de novas leituras sobre a criação artística contemporânea e a dinamização e utilização do espaço público a partir dos conceitos inscritos na Agenda XXI: desenvolvimento local sustentável, cooperação cultural e preservação ambiental.
Entre Margens desafiou fotógrafos e artistas à produção de novas leituras sobre a região.
Através dos seus olhares, simultaneamente autorais e contemporâneos, foi proposta a descoberta de um universo marcado pelo rio, pelo vinho, pela paisagem e, essencialmente, pelas suas gentes.
Entre Margens tem como promotor a Fundação Museu do Douro, autoria e coordenação da Procur.arte Associação Cultural, e teve como parceiros oito municípios da região duriense (Amarante, Lamego, Mirandela, Peso da Régua, Porto, Santa Marta de Penaguião, Vila Nova de Gaia e Vila Real), e foi um projeto apoiado no âmbito do QREN ON.2 - Grandes Eventos Culturais.
Em Maio de 2012, o projeto foi também apresentado na Fête de L’Europe em Bordéus, e em Março/Abril de 2013 esteve patente no Largo de S. Carlos em Lisboa.
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O Museu do Douro no âmbito da realização do projeto “Entre Margens - O Douro em Imagens”, da Autoria e Coordenação da Procur.arte – Associação Cultural, apresentou o espetáculo “Sons do Douro”, um projeto musical inovador que descobriu sonoridades em pipas de vinho e que procurou promover o encontro entre a música popular e a percussão contemporânea.
Em 2014, o Museu do Douro pretendendo dar continuidade a este projeto criado em 2013, apresentou o espetáculo "Sons do Douro" com uma nova Coordenação Artística.

Sons do Douro é um novo projeto de formação artística e cultural, que transforma pipas de vinho em instrumentos musicais e cruza as sonoridades da percussão tradicional portuguesa com outros ritmos contemporâneos.
“Sons do Douro” é um espetáculo único, que evoca o imaginário duriense que se redescobre em cada momento musical, em busca dos ambientes, dos sons em pipas de vinho que outrora percorriam as margens do rio Douro em direção ao infinito. Apreendemos o tempo, a alma e memória de uma paisagem que nos prende e nos sobressalta, através da proximidade com acontecimentos do quotidiano como os sons de pés a escorregar nos xistos dos socalcos ou dos cestos vindimos cheios de uvas às costas de quem ajudou a extrair das profundezas o precioso néctar que corre o mundo, dos chocalhos das juntas de bois que ajudavam da terra os homens a puxar à sirga os barcos rabelos ou do som cantado das tesouras de poda. Envolto numa ideia mítica de uma região com história e identidade, consagrada e celebrada pelos vinhos do Douro e Porto, o espetáculo “Sons do Douro” pretende promover um encontro emocionante de estilos musicais (música popular e percussão contemporânea) que se tornam singulares quando conjugados.
A Coordenação Artística é da responsabilidade de Filipe Marado (Professor de Música, Autor, Compositor e Intérprete), que compôs e preparou uma série de temas musicais executados por 12 jovens músicos, com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos, provenientes dos concelhos de Lamego, Peso da Régua e Vila Real.
Sobre a escolha dos temas musicais para o concerto “Sons do Douro”, Filipe Marado explica que, após quatro semanas de ensaios e de preparação deste projeto musical inovador - promovido pelo Museu do Douro -, seguiu uma linha de inspiração em que o Douro Vinhateiro é uma referência central e insubstituível:
“Meti a mão no pico de Urbiõn e de lá saquei o Sol. Depois fiz Homens e convoquei-os a fundirem-se com a terra sob o grito Ao Douro. Lá labutaram e sangraram pelos Calos rebentados. Mas as forças não se inventam nem aparecem do Meu santo ar, dei-lhes o Bicho para matarem e braços e mente saciar. Vi-os moldar o Douro e sofrer como perdidos... Descansem agora pequenos, desta parte trato Eu. Rebentei cachos, encarnei a paisagem, sssch, pouco barulho, deixai-me trabalhar. Chegou novamente a vossa hora, em força para os Socalcos, puxem cestos e suor, tragam-me a matéria maior. Lavei-lhes os pés e fi-los dançar como Codornizes em fila a marchar. Ficou feito, ficou pronto. Dei a todos o bom vinho a beber, ele que venha do bom pipo, Corra o Pipo pelo homem e mulher. Mas que hino lhe dediquei? Que línguas o podem contar? Sem palavras ficou o Meu Douro, sem palavras o fiz cantar.”
Músicos: Alexandre Martins, André Moutinho, David Rodrigues, Fábio Cruz, Hélder Mota, Mathieu Martins, Miguel Alípio, Miguel Cruz, Pedro Cruz, Pedro Montenegro, Rangel Coutinho e Ricardo Ribeiro.
Reportório de Músicas: “Ao Douro”, “Só Calos”, “Mata o bicho”, “Ssssch”, “Socalcos”, “Puxa”, “Dança das Codornizes”, “Corra o Pipo (Ele que venha)”, “Douro Sem Palavras” e “Malhão”.
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O Museu do Douro, consciente do seu papel na preservação, valorização e divulgação do património cultural da região duriense, tem vindo a assumir uma missão proactiva de inventariação de Património Cultual Imaterial.

O Museu do Douro deu início, em 2007, a um plano de inventariação do património imaterial na Região, que incidiu, numa primeira etapa, no concelho de Tabuaço , e, numa segunda, nos de Carrazeda de Ansiães e Vila Flor.
O objetivo tem sido a inventariação e catalogação de bens culturais de natureza imaterial da região do Douro, quer através de registo em gravação áudio, quer através de manuscritos de narradores e outros meios disponíveis; bem como a organização, classificação e sistematização das recolhas efetuadas, de acordo com as orientações teórico-metodológicas em vigor na comunidade científica, de forma a contribuir para a realização de estudos posteriores.
Dos dois projetos anteriores resultou a publicação da obra Património Imaterial do Douro, vol. 1 e vol. 2, onde se apresenta de forma sistematizada a coleção de narrações orais, ficando os demais registos em depósito, aguardando abordagens especializadas em atenção à natureza específica dos conteúdos.
Foram igualmente atribuídos 26 certificados de “Narrador da Memória” a outros tantos cidadãos/portadores de património imaterial, como reconhecimento público do seu valioso contributo na transmissão às novas gerações da memória cultural das suas comunidades.
Concretizados estes dois projetos, abriram-se naturais expetativas para a continuidade deste trabalho. A 3ª fase do Plano de Inventariação contemplou em 2013 os concelhos de Sabrosa e Vila Real, ambos da área abrangente do Museu do Douro, resultando deste projeto a edição do 3 vol. apresentado durante a realização do III Fórum do Património Imaterial.